quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O dia em que Dr. Dráuzio Varella leu meus pensamentos



"Crer ou não em Deus independe de nossa vontade. Não é uma condição passível de se modificar. É uma estrutura de raciocínio. Há quem não tolere a idéia de que as coisas acabam e precise se apoiar no transcendental. Minha cabeça segue por outros caminhos. Não necessito de Deus para explicar a vida na Terra. O darwinismo, a teoria da evolução das espécies, me soa muito mais plausível do que qualquer tese religiosa. E muito mais fascinante! Imaginar que uma molécula primordial se desdobrou até engendrar a biodiversidade imensa que temos hoje... Imaginar que uma samambaia e um elefante possuem um ancestral comum... É maravilhoso! Bem mais poético do que acreditar em um feiticeiro, um ser superior que, de repente, com uma varinha, concebeu os sapos, os homens, os carvalhos. Defender que tudo surgiu de uma única vez, num passe de mágica, destrói a complexidade e a beleza do universo."

"Por que não existe esse respeito dos religiosos com relação aos materialistas? Por que não? Se eu tenho que respeitar as pessoas que acreditam nas coisas que as vezes me parecem completamente sem sentido - por quê que eles não podem aceitar que existe um mundo que não faz sentido para eles? Por quê que tem que ter esse autoritarismo, essa violência contra os que não pensam da mesma forma? Eu as vezes recebo e-mail de pessoas dizendo: "eu tinha o senhor em boa conta, achava que o senhor fazia coisa para ajudar os outros. Eu soube que o senhor não acredita em deus." Você vira um criminoso!"

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